Crônica

Crônica: (Re)Engenharia do Rock: SIM

(Re)Engenharia do Rock

Leonardo Daniel

SIM

Nando Reis

Sim, desde que eu te vi eu te quis

Eu quis te raptar

Eu fiz um altar pra te receber

Como um anjo que caiu lá do céu

Não estava voando

Andando, distraiu-se

Sim, e agora

Eu quero voltar lá do céu

Eu quero estar de volta

Eu quero ter você quando estiver de volta

Eu quero você para mim

Não dou pra ficar só

Sim

Sim, desde que eu te vi eu te quis

Eu quis te raptar

Eu fiz um altar pra te receber

Como um anjo que caiu lá do céu

Não estava voando

Andando, distraiu-se

Sim, e agora

Eu quero voltar lá do céu

Eu quero estar de volta

Eu quero ter você quando estiver de volta

Eu quero você para mim

Agora

Eu quero voltar lá do céu

Eu quero estar de volta

Eu quero ter você quando estiver de volta

Eu quero você para mim

Não dou pra ficar só

Sim, não dou, não

Análise Pessoal:

Em “Sim” existe uma relação entre ser e estar, coisas inefáveis são ditas, sobre o início dessa união, “desde que eu te vi eu te quis”. O eu lírico não sorrateiramente: “quis te raptar”, raptar seu interlocutor. O altar foi feito e posto dentro do coração dele, e aqui há não só um anjo que caiu do céu.  Feito “um anjo que caiu do céu”. E o mais incrível é que ele: “Não estava voando, andando, distraiu-se”. A queda não foi só dos anjos inaugurais/iniciais, a queda foi também do eu lírico. Que agora quer voltar lá pro céu

Eu quero estar de volta

Eu quero ter você quando estiver de volta

Há, portanto, uma amizade muito grande entre o eu lírico que caiu para salvar a alma do casal adâmico que também caiu, mais vezes e mais e mais profundamente. E o mesmo eu lírico quer o seu amigo perto dele: “Eu quero você para mim”. Ele não consegue mais viver sem o prumo dessa amizade.

À guisa de conclusão:

É plausível tentar uma conclusão para esta bela canção, se entendermos o movimento anímico que aqui está, ou seja, de um lado está um casal de anjos que andando, se amando, distraíram-se. Caíram-se. E de outro lado, está outro anjo… que também com seu amor, distraiu-se e, assim também caíram. Mas esta queda serviu para salvar os dois anjos da canção. Afinal, o eu lírico não dá para ficar só.

www.poetaleodaniel.com

Leonardo Daniel

26/10/2023

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