Crônica

Crônica: (Re)Engenharia do Rock: NÃO CONSIGO ODIAR NINGUÉM

(Re)Engenharia do Rock

Leonardo Daniel

NÃO CONSIGO ODIAR NINGUÉM

Engenheiros do Hawaii – Humberto Gessinger

Não quero seduzir teu coração turista

Não quero te vender o meu ponto de vista

Eu tive um sonho e há muito não sonhava

Lembranças do futuro que a gente imaginava

Nem sempre foi assim, outro mundo é possível

Pode até ser o fim, mas será que é inevitável?

Não vá dizer que eu estou ficando louco

Só porque não consigo odiar ninguém

Do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente

Eu não consigo odiar ninguém

O tempo parou, feito fotografia

Amarelou tudo que não se movia

O tempo passou, claro que passaria

Como passam as vontades que voltam no outro dia

Não vá dizer que eu estou ficando louco

Só porque não consigo odiar ninguém

Do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente

Eu não consigo odiar ninguém

Eu tive um sonho, o mesmo do outro dia

Lembranças do futuro que a gente merecia

Não vá dizer que eu estou ficando louco

Só porque não consigo odiar ninguém

Do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente

Eu não consigo odiar ninguém

Eu não consigo odiar ninguém

Análise Pessoal:

Em “Não consigo odiar ninguém” temos a consciência e compressão do perdão de forma máxima, o eu lírico não quer seduzir o coração turista de alguém que está há tempos dentro do tempo, dia após dia… vida após vida… sem que eu lírico possa vender para o teu interlocutor o mesmo ponto de vista dele. Ele que vive desperto tem sonhos muito raramente, de um futuro que eles imaginavam, um apoiando o outro… e assim outro mundo é possível, o fim é evitado. Para todo efeito de quase todos, e da maioria ele está sendo considerado louco: Só porque ele não consegue odiar ninguém… “Do goleiro ao centroavante, do juiz ao presidente/Eu não consigo odiar ninguém”. O goleiro joga na defesa e pode errar na hora crucial… o centroavante vai à luta, mas pode ficar sem a bola… o Juiz pode errar a sentença, e o presidente tornar um ditador. Quem é o goleiro? O Juiz é Anúbis? Quem é o presidente?

O tempo parou, feito fotografia

Amarelou tudo que não se movia

O tempo passou, claro que passaria

Como passam as vontades que voltam no outro dia

O mundo pode esperar, já que há muitas outras coisas significantes. O tempo foi parado pela força e poder do eu lírico (O tempo parou, feito fotografia/Amarelou tudo que não se movia) e depois de ter o mundo a salvo, (O tempo passou, claro que passaria/Como passam as vontades que voltam no outro dia). Nessa passagem do tempo temos a esperança. O eu lírico conseguiu transformar em realidade o sonho (Eu tive um sonho, o mesmo do outro dia/Lembranças do futuro que a gente merecia).

À guisa de conclusão:

Para entender a mensagem dessa música temos que ter amor, temos que amar… pois do amor nasce o perdão, e do perdão não há inimizades, assim quem ama a tudo e a todos não é louco por não odiar ninguém, por mais que as pessoas ou a vida queriam mostrar o contrário. E tudo que é ranço, tudo que não tem movimento, é vencido pela mesma força invencíveis do amor… e do perdão.

www.poetaleodaniel.com

Leonardo Daniel

29/08/2023Crônica: (Re)Engenharia do Rock: NÃO CONSIGO ODIAR NINGUÉM

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